sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Promover a inlcusão ou desmontar a exclusão?







Somos todos criados à imagem e semelhança do Criador. Depois de cada coisa criada “viu Deus que o que fizera era muito bom”. O texto Bíblico não diz que Deus fez sua criação perfeita, mas fez Ele a fez boa. A ideia de normal ou perfeito é muito relativo. Normal é toda pessoa conseguir andar por sua cidade sem haver impedimentos em calçadas, esquinas ou entradas de prédios ou casas. O que é normal? O que é perfeito? A frase “por onde passa uma pessoa com deficiência passa todo mundo“ mostra deve nos alertar para a acessibilidade em nossas cidades. “Dizer que a pessoa com deficiência é pessoa parece um tanto óbvio. O que acontece, porém, é que, muitas vezes, o que mais se destaca é a adjetivação “ com deficiência”. Isto faz com que haja um prejuízo na maneira de encará-la como pessoa. Consequentemente, seu direito de ser pessoa é, muitas vezes, comprometida, dificultada, transgredido, ameaçado, ofendido”. Sidnei Vilmar Noé Participei de um final de semana especial – um retiro com famílias e seus filhos e filhas com deficiência. A professora e pedagoga Luciana Jarosczevski de Curitiba – que adotou uma menina com deficiência - terminou sua fala com a pergunta: Promover a inclusão ou desmontar a exclusão? O retiro foi promovido pelo departamento que eu coordeno e me proporcionou uma intensa convivência e comunhão. Casais, pais, mães, irmãos, tios ou tias escolheram passar um final de semana diferente com seus familiares com deficiência no Lar Filadelfia, na cidade de São Bento do Sul. As famílias tiveram a oportunidade de serem acarinhadas, se apoiar e refletir sobre as alegrias, frustrações e dificuldades, enquanto um grupo de apoio formado por voluntárias se ocupou em criar atividades para as pessoas com deficiência – um grupo de crianças, adolescentes, jovens e adultos.. Baseando-se no versículo: "E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo o julgamento, a fim de que todos honrem o Filho, do modo porque honram o Pai. Quem não honra ao Filho não honra ao Pai que o enviou"(conf. João 5,22-23), -- e uma foto de sua filha --, a professora Luciana começou sua fala. A reflexão sobre escolas especiais ou escolas de inclusão é um assunto difícil, mas que precisa ser feita. A inclusão não deve ser uma tarefe desta ou daquela professora, mas da escola como um todo. As falas contrárias à inclusão não são poucas: “ Eu não pedi para ser professora de uma criança assim”.“ Se eu desejasse contato com esse tipo de problema teria ido trabalhar em uma escola especial”.“ Ele cospe porque é Síndrome de Down”. “ As crianças serão prejudicadas se tiver uma criança com problema na sala”. “ Eu não tenho como dar conta dos trinta alunos mais essa criança com deficiência”. O segredo da inclusão para Luciana, é tentar se colocar no lugar da outra pessoa. Para exemplificar trouxe a fala de Helen Keller: “Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que veem: Usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão e o mesmo se aplica aos outros sentidos. Ouçam a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o sentido do tato. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; gozem de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contato fornecidos pela natureza” Para terminar, a assessora deixou a provocação: Não gosto do termo INCLUSÃO, mas sim preparar a sociedade para todos. Precisamos nos preocupar com a INCLUSÃO ou com o desmonte dos fatores de EXCLUSÃO?

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